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ANALISANDO O ÍNDICE DE TURNOVER NAS EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, O MAIOR INDICADOR DE SAÚDE ORGANIZACIONAL

 

Quando uma empresa busca saber sobre a sua saúde organizacional, uma das principais taxas a serem avaliadas é a taxa de turnover – também chamada de Rotatividade de Pessoal. Ela expõe se existe ou não uma alta substituição de pessoas na organização.

É comum que as empresas com uma taxa de turnover maior do que 5%, aproximadamente, tenham diversos problemas em relação àquelas empresas que conseguem manter este índice mais baixo. Mais adiante veremos quais são estes problemas e as dicas para evitá-los.

Para diagnosticar com antecedência os motivos do alto índice de turnover, os gestores devem pesquisar e entender por meio de alguns recursos que podem ser conferidos em outro texto do blog aqui.

 

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O TURNOVER NAS EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – TI

 

Em especial, o mercado de TI reconhecidamente como um dos mais disruptivos e em constante transformação, sofre com a alta rotatividade. A Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional), todo ano elabora um censo que demonstra o índice de turnover brasileiro nas empresas de TI. Em 2014, 814 empresas de 19 países participaram do estudo, gerando uma base de dados com pouco mais de 80 mil respostas. As companhias brasileiras correspondem a 53% do total.

O censo do ano de 2014 estampou que o índice de turnover nas empresas de TI brasileiras foi superior à média das empresas latino-americanas. O censo apontou ainda que cada companhia admitiu 33 profissionais e demitiu cerca de 31 ao longo de 2014. O número para outros 18 países da América Latina ficaram ao redor de 30 contratações e 21 demissões.

Ainda de acordo com os dados do censo de 2014, 62,2% dos empresários entrevistados empregaram, no máximo, oito profissionais. Concomitantemente, 58,7% das companhias que participaram da pesquisa registraram até oito desligamentos voluntários e 52,3% demitiram o mesmo número de pessoas.

Encontrar as causas para o alto de índice de turnover dentro de uma empresa, como aquele apurado pela pesquisa da Assespro, não é tarefa fácil. É possível apontar em primeiro plano a crise econômica do país, o que representa um dos motivos para esse número maior no Brasil do que em outros países da América Latina, mas em uma análise mais detida a falta de mão de obra especializada também é um dos grandes motivos.

Com vistas a entender com mais detalhes a segunda causa – a mão de obra – a Assespro do Rio Grande do Sul, realizou uma pesquisa com mais de mil profissionais de todo o Brasil, nela foram apontados alguns motivos principais para que o profissional abandone a empresa, são eles:

salário abaixo da média de mercado, apontado como motivo principal para que os profissionais buscassem uma oportunidade de trabalho em outra empresa;

falta de organização e de processos das companhias, este foi o segundo motivo apontado. Isso porque a área desenvolve, essencialmente, projetos que exigem alinhamento entre os colaboradores;

ambiente organizacional, genericamente mencionado, ocupa o terceiro lugar no ranking como motivo para o alto índice de turnover;

Ainda, como os profissionais buscam desenvolver seu trabalho onde o clima seja favorável à permanência das pessoas, ou seja, aonde eles querem construir sua carreira e planejar o futuro, a pesquisa apresentou outros 2 motivos importantíssimos apontados pelo relatório dos profissionais:

o funcionário nem sempre concorda com o modelo de gestão da empresa, o que desmotiva e o faz querer buscar outro lugar;

a cultura da companhia é considerada pelos colaboradores na hora de decidir se ficam ou saem.

Com isto, vemos que dentre todas as causas envolvidas para o alto índice de rotatividade, predomina a importância que os profissionais dão aos padrões e valores pessoais da empresa, ou seja, eles buscam que os valores da empresa sejam correspondentes com os valores pessoais para que queiram permanecer na organização. Estes dados demonstram com evidência que as empresas precisam criar programas mais amplos e estratégicos de gestão, capazes de compreender esses cinco itens em sua totalidade.

O JOVEM PROFISSIONAL DE TI

Antes de adentrar nas possíveis soluções para a alta rotatividade dentro de uma companhia, há outro elemento dentre os diversos fatores já mencionados, o fato de que as empresas de tecnologia da informação trabalhem, por óbvio, com tecnologias que mudam constantemente e rapidamente, mas em especial elas absorvem, predominantemente, a nova geração de profissionais.

Esta nova geração de profissionais são os nascidos entre as décadas de 80 e 90, e são comumente conhecidos como a geração Y ou também Millennials. Eles possuem um perfil muito diferente dos profissionais mais experientes, e um dos maiores destaques deste perfil é que ao ingressar numa empresa tradicional trazem consigo novas necessidades e modelos de trabalho.

Como a maior parte deles tem contato com tecnologia desde a infância, são ambiciosos e muito autoconfiantes no desenvolvimento de suas atividades. É em razão dessa autoconfiança excessiva que além de terem um alto rendimento, também são capazes de criar e desfazer laços com a empresa com grande facilidade.

Os Millennials são constantemente alvos de julgamentos equivocados. E muitos desses julgamentos perderam a veracidade, como por exemplo a crítica sobre ser infiel à empresa e serem responsáveis pelo alto índice de turnover.

Nas gerações anteriores os profissionais eram extremamente leais às empresas, sobrepondo a carreira sobre a vida pessoal. Mas hoje em dia é preciso olhar sob uma outra perspectiva, porque o paradigma mudou, os Millennials esperam que as empresas sejam leais a eles e os recrutem de acordo com suas expectativas.

Veja a seguir algumas vantagens que essa geração oferece para as empresas e como podem, inclusive, agregar valor a equipe:

  •  Repaginação constante: a nova geração desafia constantemente a estagnação, o que é essencial para a inovação dentro das empresas de TI. Estão sempre questionando e buscando por mudanças, o que é de extrema importância em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico.
  •  Remuneração não compra fidelidade: é essencial entender essa característica da nova geração, pois eles buscam qualidade de vida, querem flexibilidade e não se importam em ganhar menos para ganharem tempo na vida pessoal.
  • O lema é fazer a diferença: se envolvem com o trabalho rapidamente, identificam seus desafios e querem mostrar resultados o quanto antes para fazer a diferença.
  • Bem informados: É inevitável, são filhos da Era da Informação, e não por outro motivo são muito atraídos pela carreira de TI. Assim, estão desde sempre conectados com a internet, com pessoas, ideias, e informações variadas sobre todos os assuntos, o que favorece uma visão global na hora de por em prática o trabalho.
  • Trabalho colaborativo: não gostam de hierarquia, preferem um modelo no qual todos participam e trabalham em conjunto para atingir o resultado final. Essa habilidade de trabalhar em equipe é muito vantajosa para as empresas, considerando que a tendência será trabalhar como uma rede.
  • Trabalho e identidade pessoal: Hoje o trabalho não significa apenas o meio de sustento, os jovens querem trabalhar com aquilo que dá significado às suas vidas, por isso os ideais da empresa precisam estar alinhados com seus objetivos e crenças pessoais.

Para os líderes das companhias que lidam diretamente com os funcionários, neste caso pode ser o chefe direto ou a área de recursos humanos – RH, o desafio é compreender que a nova safra de funcionários está aí com muita boa vontade de contribuir para melhorar o negócio. O gestor que ainda não entendeu isso pode estar perdendo gente, achando que o empregado está trocando de empresa por apenas 10% de aumento no salário.

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Pedro Zanni, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, em contato frequente com empresas reconhece que “Essa turma tem dificuldade em investir tempo e energia em algo que é muito importante para a empresa, mas que não traz retorno para ele. Essa turma só fica no emprego se aquela tarefa o transformar em um profissional melhor. O jovem quer uma realização que ele possa carimbar no currículo e que não precise esperar cinco anos para entregar”.

A realidade diária das empresas demonstra, então, que é necessário se reorganizar e criar novas políticas corporativas para diminuir o turnover (entrada e saída) de colaboradores da sua equipe. Como manter os funcionários da nova geração motivados e satisfeitos com o trabalho passou a ser uma necessidade extrema para as companhias.

PROBLEMAS CAUSADOS PELO ALTO ÍNDICE DE TURNOVER

Mas as empresas que ainda não identificaram a necessidade de reter sua equipe, ou seja, empresas que possuem uma taxa média de rotatividade maior do que 5%, podem ter diversas consequências e prejuízos que as colocam em desvantagem quando comparadas às suas concorrentes, tais como: Gastos e desperdícios maiores; Perda de capital intelectual; Perda de conexões com clientes; Perda de conhecimento e prática na operação de tecnologias; Perda de entendimento e prática na realização de procedimentos de trabalho; Perda de negócios; Perda de mercado.

Todos os pormenores desses prejuízos você pode conferir com mais detalhes em outro post do blog aqui.

Agora, se convencemos que não vale a pena atrasar o crescimento da empresa e perder mercado para a concorrência por causa da rotatividade de funcionários, o que é possível fazer para que a taxa de turnover diminua?

 

DICAS PARA REDUZIR O TURNOVER DA SUA EMPRESA DE TI

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Com base nos dados listados acima e no panorama geral atual, algumas dicas podem ser úteis para reduzir o turnover de colaboradores nas empresas de TI. Confira:

 a) Prometer apenas aquilo que é possível cumprir

Isto significa ter transparência na hora da contratação. É importante lembrar que tentar vender um ambiente que não existe na realidade dentro da empresa só vai causar desânimo ao futuro colaborador com o passar do tempo e conforme ele vivencia a experiência de trabalho. Quando se fala em realidade, a dica é válida tanto para as tarefas que o funcionário realizará, quanto para as possibilidades de crescimento.

 b) Oferecer treinamentos

A capacitação dos colaboradores é uma das opções que mais os estimula e é capaz de reduzir consideravelmente o turnover. Para implementar esta dica mostre para o funcionário a importância do conhecimento, do enriquecimento do currículo, bem como da visão de mundo.

 c) Remuneração e bonificação por desempenho

A opção de oferecer bonificações e remunerações extras por desempenho são indicadores positivos de que o trabalho realizado pelo colaborador foi útil para a empresa alcançar os resultados esperados.

 d) Manter o salário compatível com o mercado

Fazer pesquisas salariais e conhecer o mercado é importante para ficar alerta com os salários oferecidos pela concorrência, pois os salários dos seus funcionários devem estar de acordo com as práticas adotadas pelo mercado. Além do mais, é importante sempre revisar suas políticas de benefícios para cada um de seus colaboradores e verificar se o que está sendo oferecido atende as necessidades de cada um na atualidade.

 e) Inovação do processo seletivo

O processo seletivo afeta diretamente os profissionais contratatos para sua empresa. Assim, o recrutamento deve ser otimizado para que os valores da empresa sejam claros aos candidatos, pois só assim poderão avaliar se estão de acordo com os seus próprios valores pessoais. Caso contrário, a contratação não vai se efetivar, ou pior, após um curto período de tempo o profissional se desligará da empresa sem trazer bons frutos.

 f) Clima organizacional

O bom relacionamento entre os colaboradores deve ser uma constante. Criar um clima sem terrorismo é algo fundamental para aumentar a produtividade. Sabendo disso, o gestor precisa investir em eventos que ajudem a unir os diferentes setores da empresa, possibilitando a interação entre eles, por meio de um clima descontraído, fora do ambiente corporativo.

 g) Auditorias

Realize auditorias frequentemente para buscar saber o que os profissionais pensam sobre seus colegas e sobre o clima organizacional da companhia. Sem dúvida, essa é uma ótima estratégia para identificar os pontos positivos e os pontos negativos que precisam de providências. Mesmo em caso de uma demissão de algum funcionário, busque as razões e problemas que levaram este profissional a se desligar da empresa, pois o motivo da saída de um pode apontar uma solução para algo que tem atrapalhado o dia a dia da companhia para todos.

 

TREINAMENTOS ONLINES

Os esforços das empresas estão visivelmente crescendo para manter um baixo nível de turnover. Afinal, sabemos que o turnover não prejudica somente o ciclo de desenvolvimento da empresa, mas também pode afetar a carreira do colaborador.

Dentre as dicas úteis que listamos para reduzir o turnover de colaboradores na empresa de TI, muitas delas não são novidade. Mas apostamos que a capacitação dos funcionários ainda parece um pouco nebulosa e difícil de aplicar na prática.

Por isso, saiba que as empresa podem solucionar a rotatividade e estimular o crescimento da carreira com treinamento via cursos online. Esta opção é uma forma bastante direta de mostrar que a empresa se importa com o profissional e com sua formação técnica.

Alinhando tudo que já foi dito, como por exemplo,a existência do turnover nas empresas de tecnologia da informação, o fato que estamos na era do avanço contínuo da tecnologia, e que inegavelmente o perfil da geração Y – maior mão de obra da TI. – é mais interativo em suas ações, observamos que é uma boa oportunidade para que os treinamentos sejam fornecidos de forma online.

Os vídeos podem ser usados como uma ferramenta inovadora para treinamento e desenvolvimento das equipes de trabalho de diferente áreas. Isso porque, além de diminuir os gastos para a empresa, respeita os ritmos de aprendizagem de cada empregado e pode ser feito de forma segmentada, a fim de desenvolver alguma habilidade ou competência específica.

O treinamento em vídeo também economiza tempo do empregado. Isso acontece porque o ensino à distância não demanda tempo de deslocamento ou algum horário em comum para que todo o grupo de profissionais receba o treinamento ao mesmo tempo, o que pode interferir na carga horária e banco de horas de cada um. Com o treinamento em vídeos, cada empregador pode acessar o conteúdo online e assistir às aulas no momento que for mais conveniente.

Na hora de treinar e capacitar não se deve pensar que o profissional irá embora, pois é de suma importância o aperfeiçoamento para manter o nível de qualidade dos serviços da empresa. Uma maneira de garantir a lealdade do colaborador é estabelecer políticas e regras bem claras para aqueles que serão eleitos aos treinamentos de sua empresa, a meritocracia pode ser uma opção.

O importante é criar uma cultura favorável ao aprendizado e não a permuta de Emprego x Conhecimento, o foco é mostrar para o funcionário a importância do conhecimento no enriquecimento do currículo e da visão de mundo.

Por fim, cada organização possui diferentes situações que podem ser a causa de um alto índice de turnover e elas devem ser diagnosticadas e prevenidas a fim de que a rotatividade de pessoal não comprometa os resultados. Com o diagnóstico em mãos e o treinamento em mente, basta investir em uma plataforma online na qual sejam disponibilizadas palestras, workshops e cursos específicos para cada uma das áreas dentro da sua empresa.

 

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