Fernando Godoy fala quais são as duas vertentes importantes para construir cursos que funcionam. Primeiramente ela diz que existem dois tipos, um que funciona como termo de aprendizagem e outro que as pessoas aderem. O primeiro é um curso que as pessoas de fato aprendam e ganhem algo com aquilo. O segundo é o curso que as pessoas têm vontade de comprar, que gostam da ideia e queiram fazê-lo.

plataforma ead aplicação para franqueados

Normalmente um curso deve ser interessante e prazeroso e deve apresentar um conteúdo consistente e relevante, que faça com que a pessoa aprenda algo, incorpore e mude seu hábito. Ou seja, não adianta um curso ter forma, mas não ter conteúdo, que é o seu pilar e que vai garantir a sustentabilidade do curso, e quando se fala em sustentabilidade, trata-se sobre manter ele no ar.

Antes de começar a pensar em qualquer processo, é necessário esclarecer algumas metodologias que fazem o seu curso funcionar:

Análise do cenário

É olhar para onde o meu curso está inserido para isso três informações  são essenciais:

1 – Quem é meu público (dados demográficos e de comportamento), com isso você vai identificar qual a melhor forma e linguagem para eu dar nesse curso, e a forma tem que ser interessante para o seu público, então você preciso entender o que é interessante para eles;

2 – Recursos disponíveis, são os recursos que eu tenho para fazer e os recursos que o meu cliente dispõe. Além do tempo e dinheiro, é importante saber se o curso será só a distância ou se além disso, também terá alguma parte presencial. É fundamental saber quais são esses recursos para saber como você pode trabalhar, pois esses recursos podem colocar ou tirar limites do que você pode fazer para construir um curso;

3 – Qual a necessidade do público, qual o problema dele? É isso que vai fazer meu curso ser relevante e consistente. Não adianta você achar que é conhecedor de um determinado assunto e fazer um curso sobre isso sem entender qual parte desse assunto é de fato um fator de dúvida e interesse do seu público alvo. Ao descobrir isso, o truque é perguntar três vezes o por quê? É dessa forma que você vai entender qual o real problema do seu público, e dessa forma você vai conseguir ajudar o seu público da melhor forma, consequentemente você vai criar fidelidade e fazer com que o seu público continue a procurar você para solucionar os problemas, a fazer o seu curso e indicar o seu curso.

 

[wen_cta id=’3925′]

 

Definição clara do objetivo desse curso

Deve responder a cinco perguntas :Quem, tem que passar fazendo o que usando qual a ferramenta, com qual performa-se e quanto tempo. Respondendo essas perguntas é necessário deixar claro que o curso tem somente um objetivo, se tiver dois são dois cursos e assim por diante, pois isso será mais efetivo para o seu público.

 

Definição da avaliação

Após a construção do objetivo, é necessário definir onde vou encontrar o indicador, o sintoma de que o problema foi resolvido, ou que pelo menos teve um avanço na solução desse problema. É muito mais funcional mostrar uma avaliação de pequenos casos, pois você consegue trazer uma proximidade para a solução dos problemas.

Fazendo um check-list sobre o aprendizado dele, é possível fazer um aprendizado mental, mas para ele colocar em prática existe a vontade dele fazer isso, da vontade própria e motivação dele colocar isso em prática.

Essa definição não será necessariamente uma avaliação de marcar x, você pode definir como o tempo de realização de tarefa, índice de avaliação de um cliente, conversão de vendas, isso é um indicador de resultados de um treinamento.

 

Construção do curso

Após definir os itens acima é possível realizar a construção do curso. Dividindo em duas partes – construção do conteúdo e a construção da forma. É importante essa divisão porque o conteúdo é efetivamente o texto, o conceito e o que essa pessoa precisa aprender, e a forma é a gravação de um vídeo, terá uma animação, vou unir uma vídeo aula com uma aula presencial ou vou fazer um game… ou seja, é importante definir o conteúdo antes para não se prender a forma.

Primeiro defino um conteúdo – crio uma metodologia, pois ela vai te dar um caminho, e não faça isso no power point pois ele subtrai informação e nesse momento as informações não precisam ser concisas. É bom colocar todas as informações, tudo que você precisa saber, mesmo que você não vá usar tudo o que você colocar lá.

Comece o curso falando da dor, da dúvida que o seu público tem e que você tem uma solução para o problema dele, então é bom elaborar em sua cabeça qual a pergunta que essas pessoas estariam fazendo ao começar a assistir o seu curso, por isso é importante identificar isso logo no começo para não ter problemas depois.

O segundo ponto é a resposta, sim, você dará a resposta logo no começo do seu curso, porque as pessoas aprendem por repetição, exemplo, depois de dar a resposta você, você vai explicar passo a passo do porque daquilo, dando exemplos, fazendo ele praticar, ou seja, ao longo do curso você vai repetir a resposta para a pergunta fundamental feita no começo. Dessa forma, a pessoa acha que sempre pensou daquela forma, mas na verdade foi modificando o pensamento de acordo com o desenrolar do curso. Dando resultado positivo o seu curso será divulgado de maneira positiva e você terá um resultado maior.

Com um pouco de organização, você consegue ser mais objetivo, é importante ter objetividade pois será necessário fazer um série de exercícios, fazer com que as pessoas consigam abstrair, e hoje a sociedade não tem tempo, então você precisa manter interesse a cada frase para que as pessoas mantenham um interesse no seu curso.

Depois de tudo isso, você pode começar a pensar na construção da forma, se no seu curso terá uma videoaula, o que você vai falar, se terá entrevistas, se vai criar animações. Fazendo isso e definindo todos esses passos, é maior a chance de ser mais assertivo e de ter sucesso.

A forma é a parte de encanto, é o que toca o seu público, mas é o conteúdo que faz funcionar. Durante a construção é importante separar e dar a devida atenção para cada um. Para isso é necessário ter vivência de interação de aprendizagem, seja a distância ou presencial, pois dá uma característica de poder ao entregar um conteúdo de qualidade.