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Em uma reunião, para definição de parâmetros de um projeto educacional corporativo, em uma empresa familiar, que passa por uma série de mudanças, por conta do crescimento rápido que vem experimentando nos últimos anos, um dos diretores me perguntou: “O que um projeto de educação corporativa tem de diferente do que fazemos em nossos treinamentos habituais. Será que não estamos gastando dinheiro em algo que já fazemos, mas que vamos dar outros nomes e dar uma maquiada?”
Apesar de estarmos vivendo em tempos de Universidades Corporativas, de planos educacionais colaborativos, de Gestão do Conhecimento, ainda existem empresas e empresários, que não estão bem informados acerca de tais assuntos. Isso é natural. O Brasil apresenta um meio empresarial muito heterogêneo, onde empresas familiares em crescimento e em busca de profissionalização convivem com multinacionais que utilizam recursos avançados em todos os seus setores, inclusive no educacional e com outras que sequer chegaram a pensar em qualificar seus funcionários, para tentar obter melhores resultados, melhores performances dos mesmos.
Bem, espero que a resposta que levei ao meu cliente tenha sido esclarecedora e possa abrir seus horizontes para que enxergue uma nova perspectiva sobre a educação nas empresas. Eu respondi: “O treinamento tradicional, normalmente aplicado dentro das empresas, objetiva preparar mecanicamente um funcionário a desempenhar uma função específica e normalmente é aplicado no momento em que aquele funcionário é designado para a função. Quer dizer, não toca em pontos importantes como preparar esse colaborador para a possibilidade futura de uma promoção, dar condição a ele de uma entrega acima dos cem por cento esperados pela organização, quer dizer, o treinamento puro e simples não objetiva o alcance da alta performance. Ainda, não considera as mais modernas teorias andragógicas, que mostram que a maior parte do aprendizado para os adultos se dá por meios informais. Enfim, as ações de treinamento buscam o momento, a resolução de soluções pontuais e particionadas, enquanto que os processos educacionais corporativos elaborados buscam a formação profissional do indivíduo, intencionando formar alguém que atenda, com alta performance, os objetivos da organização na qual está inserido.”.
Depois de minha resposta, ouvi um “Ahan… entendi”, acompanhado de um aceno positivo com a cabeça, vindos de meu interlocutor.
Não tenho certeza de que naquele momento ele tenha alcançado, realmente, o real significado de minhas palavras, mas, aprovou o projeto e a ideia é executar na empresa o melhor trabalho possível, para que os resultados, acompanhados e mensurados, possam mostrar não apenas àquele diretor, mas para toda a família que compõe a direção da empresa, que um bom trabalho educacional dentro de uma organização pode sim, contribuir positivamente para os resultados globais da mesma.
E você, caro leitor, tem dúvidas sobre as diferenças entre ações de treinamento e de educação corporativa? Escreva para nós, teremos prazer em conversar sobre o tema.

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