Universidade Corporativa é uma instituição de ensino vinculada a empresas públicas ou privadas. Também conhecida como Universidade Empresarial, a Universidade Corporativa pode oferecer treinamentos a colaboradores a partir de cursos técnicos ou de graduação a nível superior. Também conhecida como UC, é considerada como o campo de atuação da Pedagogia Empresarial.
Métodos tradicionais de capacitação têm se mostrado ineficazes. A impressão dos gestores de Educação Corporativa é de que problemas tardios são identificados e são adotadas soluções pontuais com a expectativa de que resolverão todo o problema. Entretanto, o problema não é resolvido e a ineficácia continua.
Por conta disso, sabe-se que o processo de aprendizagem é um exercício contínuo e prolongado. Logo, deve ser encarado como uma sequência de ondas que levam ao desenvolvimento de competências.
No âmbito da Educação Corporativa, a aprendizagem implica na entrega do profissional com desempenho que atenda às expectativas da organização. Neste sentido, as trilhas de aprendizagem — trilhas de conhecimento, trilhas de desenvolvimento ou, ainda, jornadas de aprendizagem —, auxiliam na análise da situação e recomendam um conjunto de soluções estruturadas mais coerentes, diversificadas e alinhadas a cada estágio de desenvolvimento, mostrando-se, assim, uma resposta mais eficaz e duradoura.
As soluções advindas de uma Educação Corporativa muitas vezes parecem distantes porque não se tem contato com um modelo apropriado de desenvolvimento e de formação educacional voltado para a questão corporativa. Uma maneira de se atingir os objetivos de gestão por meio de uma estrutura educacional apropriada está na criação, inserção e parceria com as Universidades Corporativas.
O que você vai ler nesse artigo?
- A Universidade Corporativa Trata-se, na verdade, na capacidade de se converter a aprendizagem em um foco determinado para o mundo corporativo.
- O que é Universidade Corporativa?
- Inicialmente, há que se pontuar que as Universidades Corporativas não são nada além de um reflexo das necessidades apresentadas pelo mercado de trabalho.
- Nesse sentido, é possível definir as Universidades Corporativas como sendo uma organização educacional voltada exclusivamente para a formação e preparação dos profissionais e colaboradores de determinadas empresas.
- Principais características de uma Universidade Corporativa
- Como criar uma Universidade Corporativa?
A Universidade Corporativa Trata-se, na verdade, na capacidade de se converter a aprendizagem em um foco determinado para o mundo corporativo.
Para tanto, utiliza-se a base de diferenciação entre três elementos centrais, isto é, a eficiência, a eficácia e a efetividade. Esses três elementos precisam ser compreendidos antes de se explicar, com clareza do que tratam as Universidades Corporativas.
- A Eficiência é o elemento que analisa se algo se está sendo realizado da maneira correta, de modo que abrange a totalidade de um processo. Não é possível pensar em trilhas de aprendizagem sem pensar em Eficácia, isso porque o processo educacional deve ser rigorosamente pautado pela expectativa de se alcançar, com cada indivíduo, o melhor resultado possível.
- A Eficácia é o elemento responsável por analisar se a finalidade de um objetivo é cumprida e, ainda, se é cumprida de forma satisfatória. Nesse sentido, é notório que a formação educacional pensada pelas trilhas de aprendizagem não pode se restringir apenas ao “fazer o certo”, mas esta realização deve estar fortemente vinculada à obtenção de finalidades em um certo tempo.
- A Efetividade é o elemento voltado para a análise de resultados, de modo que tais resultados acabem por refletir as metas e as expectativas formadas por uma gestão ou administração. Como ocorre com os elementos anteriores, não se pode pensar em trilhas de aprendizagem sem considerar a obtenção de resultados positivos.
Nota-se, então, que esses três elementos estão fortemente presentes sempre que pensamos tanto a gestão quanto a formação educacional voltada para a obtenção de profissionais focados e bem preparados. Uma forma proveitosa de se obter o melhor resultado possível, de maneira correta e de forma satisfatória se dá por meio da formação disponibilizada por uma UC.
A pergunta que deve ser respondida primeiramente é:
O que é Universidade Corporativa?
Mais do que um sonho ou uma projeção do futuro, já existe e está se multiplicando em todo mundo. O Brasil não é exceção, sendo que cada vez mais é possível ouvir falar sobre a existência de acordos, parcerias e esforços conjuntos entre Universidades públicas e investidores da iniciativa privada.
Inicialmente, há que se pontuar que as Universidades Corporativas não são nada além de um reflexo das necessidades apresentadas pelo mercado de trabalho.
Uma reclamação constante no mundo corporativo diz respeito ao fato que as Universidades clássicas, demasiado fechadas em círculos acadêmicos, não são capazes de suprir as demandas e necessidades educacionais do mercado de trabalho. Em suma, os profissionais lançados diariamente no mercado de trabalho não satisfazem as necessidades específicas das empresas, sobretudo quando se considera casos muito específicos.
As empresas notaram, então, que um investimento na formação e educação de seus profissionais se mostrava imprescindível para a concorrência no mercado global, de modo que novas ideias foram surgindo. Dentre essas ideias, algumas empresas propuseram a formação de núcleos de aprendizagem que pudessem formar uma ponte entre as necessidades da empresa e a formação dos profissionais.
Com o influente trabalho de Peter M. Serge, A Quinta Disciplina (The Fifth Discipline), de 1990, cunhou-se o termo learning organization ou Aprendizagem Organizacional, que vem sendo usado para significar esse esforço feito em prol de uma formação específica e prontamente voltada para o mercado de trabalho. Essas organizações de aprendizado visavam operar, muitas vezes dentro da empresa, ou ao menos com parcerias desenvolvidas pela empresa, com a finalidade de formar os profissionais e adaptá-los para as questões presentes no mercado de trabalho.
Assim, ao invés de incentivarem os profissionais a freqeentarem os cursos convencionais de aprendizado e formação, normalmente ofertados por faculdades e universidades clássicas, as empresas passaram a incentivar a aprendizagem voltada para suas próprias necessidades, ou seja, em cursos que as próprias empresas tinham participação na organização e criação.
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Dessa maneira, a origem das Universidades Corporativas não se encontra em um lugar externo à realidade das empresas e do mercado de trabalho, mas é fruto direto dessa realidade, já que, de uma forma ou de outra, os Centro de Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos são os protótipos do que depois seriam as Universidades Corporativas.
Nesse sentido, é possível definir as Universidades Corporativas como sendo uma organização educacional voltada exclusivamente para a formação e preparação dos profissionais e colaboradores de determinadas empresas.
Não são, portanto, universidades convencionais, mas, ao contrário funcionam como uma espécie de campo de apoio ao mundo corporativo realizado em parceria com agentes externos.
Nos EUA, onde a maior parte das primeiras Universidades Corporativas foi criada, as necessidades do mercado de trabalho acabaram marcando os traços iniciais dessa trilha de aprendizagem. Criaram-se parcerias com a finalidade de produzir cursos voltados para gestão e administração, como também criaram-se cursos com foco em formações tecnológicas, relação com clientes e de produção de determinados processos corporativos importantes.
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Dentre as empresas que aderiram a essa forma de produção de conhecimento, é possível citar grandes forças econômicas como Motorola, Disney, Nokia, McDonald’s e General Electric. Essas empresas criaram seus próprios centros de capacitação, sendo que, em alguns casos, as empresas optaram por desenvolver a criação desses cursos em parceria com Instituições de Ensino conceituadas.
No Brasil há alguns exemplos de empresas que também empreenderam o esforço de criar Universidades Corporativas, tais como a Accor, a Brahma e Illycafé. Nos casos brasileiros, como ocorre em todo mundo, as empresas empreendem esforços para criar formas de capacitação e treinamento de seus profissionais e colaboradores, visando com isso obter maior eficácia, eficiência e efetividade em sua produção, tornando a empresa mais apta à concorrência do mercado de trabalho.
Uma vez feito o esclarecimento sobre o que são, realmente, as Universidades Corporativas, isto é, pontuando seu papel no mundo corporativo, é importante passar às principais características que fazem com que as Universidades Corporativas apareçam como uma solução viável para muitas empresas.
Principais características de uma Universidade Corporativa
A existência de Universidades Corporativas nos EUA não é tão recente quanto se imagina. Estudos demonstram que já em 1988 havia cerca de 400 instituições com essa particularidade, sendo que em 1999 esse número havia crescido consideravelmente, chegando a 2.000 Universidades Corporativas.
Os dois elementos centrais na criação e manutenção de uma Universidade Corporativa por parte de uma empresa são a necessidade e a possibilidade.
- Necessidade essa que se reflete na constante demanda de competitividade feita pelo mercado e que, por essa razão, solicita profissionais cada vez mais bem preparados e cada vez mais bem capacitados em questões específicas.
- A possibilidade se reflete na dimensão aberta que as empresas encontram no mundo globalizado, em que a construção de um curso de aprimoramento de funcionários e colaboradores pode muitas vezes ter impactos sensíveis no crescimento e na gestão de uma empresa.
Assim, dado esse binômio de necessidade/possibilidade, é possível apresentar algumas das principais características de uma Universidade Corporativa, marcando de que forma essas podem ser servir como um auxílio fundamental ao mercado de trabalho:
Investimento: Toda UC deve ser formada a partir de um investimento inicial. Usualmente, as empresas são responsáveis pelo financiamento de tal empreendimento, já que, em tese, as empresas serão as beneficiadas pela formação concedida por uma Universidade.
Ocorre, no entanto, que não há nenhuma garantia que o investimento realizado venha a produzir um reflexo direto no lucro da empresa, de modo que acabou se criando uma imagem que as Universidades Corporativas só poderiam ser criadas e mantidas por empresas de grande porte, ou seja, multinacionais com um poderio econômico imenso.
Essa imagem vem mudando aos poucos nos últimos anos, sobretudo quando se considera que os consórcios de negócios têm tornado possível a criação de Universidades Corporativas com um único objetivo. Tal solução é benéfica para todos os envolvidos, pois promove a redução de custo no investimento de criação e manutenção dessas formas de aprendizagem, tendo, por outro lado, um impacto benéfico a todos os envolvidos.
Em conjunto a esse elemento, empresas de um mesmo nicho de mercado ou empresas com problemáticas de gestão próximas podem organizar-se para a criação de uma Universidade Empresarial que dê conta de suprir as necessidades da própria empresa.
Os consórcios podem ser feitos com Universidades regulares, ou seja, é possível que uma empresa, identificando um problema particular em sua gestão ou em sua produção, venha a propor parcerias com certas Universidades a fim de solucionar seus problemas. As vantagens de consórcio entre empresas privadas e Universidades é a estrutura já existente por parte das Instituições de Ensino Superior.
Um último ponto, que vem sendo debatido recentemente, diz respeito à possibilidade dessas Universidades Corporativas cobrarem taxas de seus alunos, sejam eles advindos das empresas mantenedoras dessas Universidades, sejam eles alunos externos. Essa prática ainda é pouco usual, mas tem apresentado crescimento, já que seria uma forma efetiva de manter a formação e educação dos profissionais e colaboradores existentes no mercado sem demasiado ônus para uma só empresa.
Infraestrutura: Esse pode ser um problema a ser enfrentado por muitas Universidades Corporativas. Empresas de grande porte podem sustentar a criação e manutenção de uma sede própria para sua Universidade. Há exemplos onde a empresa mantém mais do que uma sede, como é o caso da Motorola University e da Hamburguer University, do McDonalds.
Há casos em que a infraestrutura é provida por força de um consórcio. Isso ocorre normalmente nos casos em que o consórcio envolve empresas privadas e Instituições de Ensino Superior. Pode se dar como exemplo o caso da Southern Company College, onde a UC se vale da existência da infraestrutura da Emory University.
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Como nem todas as empresas têm a possibilidade de criar e manter a infraestrutura necessária de uma Universidade Corporativa, muitas empresas recorrem às plataformas de ensino a distância como solução para a produção de um aperfeiçoamento por via de cursos online e outras atividades. Esses são os casos, por exemplo, da Universidade Brahma e da Escola Amil, presentes na realidade brasileira. Em termos internacionais, essa prática é muito recorrente, sendo que grandes empresas visam um treinamento por mídias digitais como solução para seus problemas corporativos, tal como faz a Dell University.
Reconhecimento da Formação: Uma dificuldade que muitas das Universidades Corporativas encontram é sobre o reconhecimento da formação ofertada. Muito embora o funcionário ou colaborador possa perceber que é importante a formação contínua e sente-se motivado, por essa razão, a seguir com um curso online ou um treinamento, nem sempre essa motivação é suficiente. Muitos trabalhadores buscam certificados ou diplomas que possam somar no currículo e, dessa forma, tornando-os mais competitivos no próprio mercado de trabalho.
A dificuldade surge quando se reconhecer que as Universidades Corporativas não são, em sua essência, instituições de ensino capacitadas a fornecer diplomas e certificados com reconhecido valor. Assim, a forma que muitas dessas Universidades Corporativas encontraram para fornecer uma boa formação e, ainda, conceder um valor aos estudantes, foi pela parceria com Instituições de Ensino Superior.
Nos EUA, os consórcios com algumas Instituições de Ensino Superior permitem que os cursos desenvolvidos nas Universidades Corporativas tenham o valor de créditos, podendo ser somados em uma formação acadêmica tradicional. O American Council of Education – o órgão responsável pelo ensino superior nos EUA – concedeu cerca de 7.000 créditos para programas de Universidades Corporativas até o ano de 1995. Nos últimos 20 anos esse número vem aumentando consideravelmente.
Algumas empresas conseguiram a façanha de obter uma licença para outorgar seus próprios diplomas, sendo essa uma realidade ainda distante para a maior parte de empresas, sobretudo quando se considera aquelas menores.
A solução nesses casos é, então, o estabelecimento de consórcios. Além disso, os cursos realizados por mídias digitais são um grande facilitador, pois, no caso brasileiro, há um crescimento muito grande de Instituições de Ensino Superior que estão oferecendo créditos e diplomas para cursos obtidos pela modalidade “à distância”, ou seja, pela forma de uma aprendizagem por mídias digitais.
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Composição do corpo docente: Esse é um ponto sensível a todas as Universidades Corporativas. Por mais independentes e livres que as empresas privadas venham a ser do mundo acadêmico, há no reconhecimento de certos títulos um respeito que gera certificação a um curso.
Por essa razão, a composição do corpo docente de muitas Universidades Corporativas depende da participação de profissionais advindos de Instituições de ensino Superior. Isso ocorre de tal maneira que muitas Universidades Corporativas contam com a participação de mestres e doutores com reconhecido know-how e expertise em suas áreas de conhecimento.
Isso, contudo, não é uma regra, sendo que algumas Universidades Corporativas contam com a participação de executivos e consultores externos, ou até mesmo funcionários e colaboradores da empresa que, por obterem um conhecimento específico sobre uma parte procedimental ou sobre um detalhe de gestão, acabam sendo reconhecidos e requisitados a passarem seu conhecimento aos outros profissionais.
Em termos de prestígio e reconhecimento, muitas vezes os títulos acadêmicos podem ajudar, mesmo na outorga de um crédito ou de um diploma, de modo que algumas Universidades Corporativas se beneficiam largamente de consórcios com Instituições de Ensino Superior, pois estas já possuem, em seu quadro de profissionais, a titulação necessária para um padrão de reconhecimento e respeito.
Como criar uma Universidade Corporativa?
Para muitos, pode soar como um desejo distante a criação de sua própria Universidade Corporativa. No entanto, os exemplos mostram que isso está muito mais próximo do que se imagina a princípio.
Com as facilidades das mídias digitais e com a assistência apropriada, qualquer empresa pode encontrar soluções estratégicas de gestão, procedimento e produção na criação de uma UC.
Qualquer empresário que busque criar uma Universidade Corporativa deve ter em mente que esse é um empreendimento que pode produzir uma série de resultados positivos se for realizado com cuidado e com boa organização. Para isso, é importante, antes de tudo, identificar quais os problemas de sua empresa, apontando, de forma clara e evidente, quais as estratégias e quais as dificuldades que devem ser sanadas com o auxílio de uma Universidade.
A viabilidade de cursos online demonstra uma grande vantagem para o estabelecimento de uma UC totalmente informatizada, de modo que todos os cursos e planos de ensino podem ser executados de maneira digital e sem os gastos do estabelecimento de uma infraestrutura custosa.
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