Aumentar o nível de engajamento dos colaboradores é um desafio para muitas organizações. E ele se torna ainda maior quando o assunto é engajamento em treinamentos internos, principalmente se estes são realizados por meio de plataformas EAD.

Por isso, neste posts estão listados 3 passos que você pode ter em mente e seguir para melhorar este índice na sua empresa.

Mas, porque engajamento em treinamentos é importante?

Seria possível citar aqui diversos estudos feitos por inúmeras consultorias, porém a pesquisa mais recente da Gallup resume o motivo pelo qual engajamento é um fator essencial para as organizações:

Empresas que têm funcionários mais engajados são 22% mais lucrativas, 21% mais produtivas, possuem um índice de absenteísmo 37% menor e um turnover 25% inferior, quando comparadas às empresas que tem colaboradores menos engajados.

Neste sentido, ter colaboradores mais engajados especialmente em treinamentos, é uma das forma de trabalhar para reter de talentos, além de torná-los mais preparados, consequentemente mais produtivos, e mais motivados e propensos a trazer melhores resultados.

Por onde começar a melhorar o engajamento nos treinamentos

Existem uma série de medidas que podem ser tomadas para melhorar o engajamento dos funcionários nos treinamentos. O engajamento sempre está muito ligado à cultura da organização e a forma como esta se comunica com seus colaboradores, por exemplo.

Porém, há 3 pontos de atenção que todo profissional que atua com treinamentos dentro de grandes corporações deve ter em mente se o seu objetivo é aumentar o engajamento. São eles: conteúdo; comunicação; gestão de conhecimento.

#1 Conteúdos do treinamento

Para aumentar o engajamento nos treinamentos internos da sua organização, esteja atento ao conteúdo do treinamento, no que diz respeito à atualidade, linguagem, tom, design, abordagem. Tudo isso para garantir que o treinamento seja atrativo, mas também que o conhecimento transmitido ali seja de fácil compreensão e assimilação. Seguir os passos abaixo pode ajudar a deixar o conteúdo do seu treinamento ‘redondinho’:

  • Revise o conteúdo do treinamento. Pense sempre se ele está atual, se há alguma informação desatualizada ou uma nova prática de mercado que deva ser incluída.
  • Revise a linguagem e o tom do seu treinamento. Os termos utilizados não estão técnicos de mais? Seus colaboradores estão habituados com termos em inglês ou siglas? A forma como a mensagem está sendo passada está alinhada com as demais comunicações da empresa? O treinamento deve ser mais sério ou mais descontraído?
  • A plataforma onde o treinamento está sendo disponibilizada está visualmente alinhada? A marca está bem aplicada? O layout é atrativo ou uma distração? Se for um vídeo, o cenário e o roteiro estão alinhados?
  • A forma como o conteúdo está distribuído durante o treinamento é a ideal? Será que ele não está muito ‘superficial’ ou muito ‘pesado’?

#2 Comunicação do treinamento

Disponibilizar um treinamento EAD e não comunicar os colaboradores adequadamente é uma falha fatal, pois é por meio da Comunicação que você irá alcançar os colaboradores e reforçar a importância de realizar o treinamento.

A Comunicação Interna da empresa é fundamental para o sucesso (ou o fracasso) de uma iniciativa de treinamento EAD pois ela é o que dá suporte e alinha o propósito do treinamento aos objetivos da empresa e do colaborador, fazendo essa ‘ponte’.

Por isso, se o conteúdo do seu treinamento estiver fantástico mas ele não for divulgado internamente para o público de forma correta, pode não ter engajamento. Para não ‘escorregar’ nesta etapa tenha sempre em mente:

  • A linguagem da Comunicação Interna sobre o treinamento está alinhada à linguagem do treinamento e do público interno?
  • As ferramentas de comunicação da empresa estão ajudando a divulgar o treinamento de forma eficiente?
  • Você está conseguindo mensurar a divulgação do seu treinamento interno?
  • O público que está recebendo os comunicados internos sobre determinado treinamento é o público correto? A divulgação está segmentada adequadamente?
  • Está claro para o colaborador quais são as vantagens que ele tem em participar desse treinamento? Ou quais as consequências se ele não participar?

Ponto importante: ao pensar a Comunicação Interna voltada aos treinamentos, é necessário considerar também o papel fundamental que os líderes têm neste processo. Os líderes da sua organização estão reforçando a divulgação ou não compraram a ideia? Este alinhamento é essencial.

#3 Gestão de conhecimento pós-treinamento

Nos anos 90 os professores Morgan McCall, Robert Eichinger e Michael Lombardo criaram o que chamamos hoje de a regra dos 70 : 20 : 10, que diz que a forma que as pessoas aprendem é 70% pela prática, 20% no relacionamento com as outras pessoas e 10% em ações formais de treinamento.

O que isso quer dizer? Seu treinamento tem 10% de chance de ensinar coisas novas aos colaboradores. Então, para que ele seja realmente efetivo você precisa que as pessoas não só se engajem na atividade principal, mas também em praticar o que aprenderam e trocar os conhecimentos adquiridos com os demais, se relacionando com a equipe. Por isso, vale apostar em:

  • Facilitar durante o treinamento os gatilhos para que o conteúdo absorvido seja aplicado e gere resultados diferenciados no dia a dia;
  • Incentivar os colaboradores a praticarem e compartilharem as boas práticas que aprenderam e aplicaram pós treinamento;
  • Garantir que exista uma ferramenta para que o compartilhamento e a gestão desse conhecimento ocorra (redes sociais corporativas são boas opções, por exemplo);
  • Criar ações durante o treinamento para integração e troca entre o próprio grupo.

Conclusão

A matemática do engajamento dos funcionários em treinamentos é um pouco complexa e envolve diversos fatores, por isso é importante revisitar e revisar sempre seus treinamentos, pensando na experiência do colaborador.

Além disso, manter sempre um alinhamento entre objetivo da empresa, objetivo do treinamento e propósito do funcionário é essencial, alinhando essas estratégias por meio da comunicação interna, mantendo o diálogo interno consistente.

 

Cassiane Vilvert é Jornalista, editora do blog e da Revista Cultura Colaborativa e parte do time de Marketing e Comunicação da SocialBase. Texto publicado em parceria com a SocialBase.

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