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O turnover é um dos fatores que definem uma empresa de sucesso, mas podemos listar vários outros indispensáveis. No topo desta lista, certamente, estariam os colaboradores. Os funcionários compõe o motor que impulsiona os negócios. Mas para que ele funcione com a sua potencia total, é preciso estar atento!

Você já ouviu falar em “saúde” da empresa? Para saber como anda a saúde do seu negócio existe uma relação base. A quantidade de pessoas que entram e saem em uma empresa em correspondência ao número total de funcionários existentes. Os profissionais de recursos humanos, o famoso “RH”, utilizam o termo “turnover” para tratar do assunto. Este termo que nada mais é do que a rotatividade de colaboradores em um determinado período de tempo.

Para cada negócio há um cálculo, mas, em geral, se uma empresa tiver um turnover superior a 5% é hora de analisar e repensar a situação. Para começar, você precisa entender que os seus colaboradores são, antes de tudo, pessoas que têm diferentes necessidades e expectativas. Claro, cada caso é um caso e precisa ser analisado de perto. Tecnicamente, um alto turnover pode ser ocasionado por alguns fatores em comum. Entre eles, estão: um recrutamento falho, a falta de comprometimento da empresa com os colaboradores, clima organizacional ruim e instável, remuneração inadequada, entre outros.

Como o turnover prejudica a saúde da empresa?

Em geral, é comum que muitos gestores acreditem que um pedido de demissão seja ocasionado por motivos pessoais. Ou seja, foi uma decisão particular do colaborador e que não afetará diretamente o desempenho do negócio. Este pensamento faz com que não sejam analisados os motivos que levaram aquele funcionário a se desligar. Isso impede que os gestores tenham conhecimento de falhas que possam estar ocorrendo dentro da empresa.

Os seus colaboradores têm o que você mais precisa: o conhecimento da rotina de trabalho. Imagine todo o processo que envolve a contratação de um funcionário. Durante o período de entrevistas, várias pessoas em potencial se apresentam da melhor forma para garantir a vaga. Os profissionais do RH vão analisar as atribuições e o perfil de cada um dos candidatos. Este processo dura até eles escolherem a pessoa que julgam ser a correta. O candidato escolhido entra na empresa sem ter o conhecimento dos processos básicos que são necessários no dia dia. Leva algum tempo até que esse colaborador receba o treinamento que vai possibilitar que ele desempenhe as suas atividades com confiança. Mas não é só isso, ele também precisa criar vínculos com os seus colegas, precisa conhecer os seus superiores, os fornecedores, clientes e qualquer outra pessoa que faça parte da sua rotina.

Quando esse colaborador se desliga da sua empresa, não é apenas a sua parte do trabalho que deixa de ser entregue. Toda a equipe precisa se reestruturar para que as atividades continuem a serem feitas. Para a empresa, qualquer saída é traumática e custa muito dinheiro! Basta pensar em todos os gastos com treinamento e a burocracia contratual. Isso sem contar com o investimento no recrutamento de um colaborador. Também tem o gasto com um novo recrutamento, seleção, treinamento e adaptação de um novo colaborador.

Os custos do turnover

Os custos envolvidos no processo de turnover podem ser divididos em três áreas: primários, secundários e terciários.

1 – Custos primários do turnover

São aqueles que envolvem todo o processo de demissão dos colaboradores, além da substituição dos mesmos. Podemos contar a rescisão do colaborador, o recrutamento, a seleção, o treinamento, a integração do novo funcionário, além do custo de tempo do período em que os outros colaboradores vão precisar se adaptar a falta de um colega e a integração de outros.

2 – Custos secundários

Aqui entram aspectos um pouco mais complicados para compreender. Eles englobam todos os efeitos colaterais da alta rotatividade de colaboradores. Neles, estão a perda de produtividade no período em que a equipe fica reduzida, o acumulo de funções e a interferência no trabalho dos demais funcionários.

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3 – Custos terciários

Estes vão ser sentidos no médio e longo prazo. São custos adicionais de investimento, como a construção da imagem da empresa. A desmotivação do público interno, e a queda de qualidade é diretamente ligada ao período de ambientação dos novos colaboradores inexperientes.

Veja também: como fazer o treinamento de funcionarios da sua empresa.

Os fatores emocionais envolvidos no turnover

Mas se você pensa que o alto turnover só acarreta em prejuízos financeiros, está muito errado. Lembra do que falamos no início do texto? Seus colaboradores são pessoas! E pessoas criam vínculos com tudo o que as cerca. Assim, o envolvimento dos seus colaboradores é essencial para tornar o ambiente de trabalho melhor e produtivo.

Pense também na visão que um fornecedor ou cliente. Qual será a impressão dele se, a cada poucos meses, encontrar um vendedor ou gerente diferente. Vai ser muito difícil alguém de fora confiar e criar um vínculo com a empresa desta forma. A confiança se cria através dos laços em relações duradouras com os colaboradores.

Estes sinais não são bem vistos e indicam que ninguém está satisfeito com a organização. Seja por que ela não paga bem, não valoriza os colaboradores ou pela organização ser muito exigente e não admitir erros. De qualquer forma, o alto turnover vai passar a imagem de que a empresa não consegue estabelecer relações de longo prazo. Isso pode transmitir a imagem de que não há organização na empresa, e que na verdade, ela é uma bagunça.

Quando as peças da empresa são constantemente trocadas, não há tempo para se criar vínculos. Isso cria um clima de instabilidade e prejudica diretamente o desempenho de todos os seus colaboradores.

Isso sem contar os problemas de ordem estratégica e de informação que podem ser ocasionados por uma empresa que insiste em demitir, seja de forma direta ou indireta, os seus colaboradores. Cada pessoa que sai leva consigo muito mais do que você possa imaginar: são ideias únicas, o seu conhecimento sobre a empresa, a sua visão estratégica e conhecimentos específicos, amigos e até mesmo clientes.

Turnover na crise

Em momentos de crise, em que é preciso ter um grande conhecimento para a tomada de decisões. A perda constante de capacidade intelectual e de pessoas que conheçam o funcionamento da empresa, podem ser decisivas para o sucesso ou fracasso de uma organização.

Em um ambiente instável, a empresa tende a perder seus melhores colaboradores, os chamados “talentos”, ficando com um time mediano e que costuma se acomodar na zona de conforto, sem trabalhar verdadeiramente pelo progresso da organização.

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