6 de setembro de 2017
O ensino híbrido é uma das mais promissoras metodologias de aprendizagem do novo milênio. A tecnologia é, sem dúvida, uma das maiores aliadas de professores e de estudantes.
Neste cenário conectado, a educação a distância tornou-se indispensável no processo de aperfeiçoamento profissional. A necessidade de personalização do ensino, associada a ferramentas digitais, é uma resposta ao modelo convencional, muitas vezes ineficaz ou insuficiente para proporcionar uma experiência completa, tanto para professores quanto para alunos.
O ensino híbrido mescla aulas online e presenciais, intercalando conteúdos que se complementam.
A metodologia híbrida de aprendizagem também é conhecida como blended learning ou semipresencial. A combinação de experiências e tecnologias digitais tem como objetivo promover uma reorganização do tempo e do espaço da aula, além de redefinir os papéis do professor e do estudante, promovendo maiores autonomia e engajamento, fundamentais para a evolução intelectual e maior aproveitamento de conteúdo.
Deseja saber mais sobre essa revolucionária metodologia de ensino? Confira mais informações sobre o ensino híbrido e descubra como esta modalidade de aprendizado pode aprimorar e integrar novas ferramentas ao currículo escolar.
O que você vai ler nesse artigo?
O que é ensino híbrido?
O ensino híbrido é uma modalidade de educação que traz o melhor dos dois mundos: o online e o off-line. Esta forma de ensino, em linhas gerais, é o elo entre os dois modelos de aprendizagem: o presencial e o online. Ou seja, parte do processo ocorre em sala de aula, em que os alunos interagem entre si trocando experiências.
Já o online utiliza meios digitais para que o aluno tenha mais autonomia à forma de aprendizagem. Nesse quesito, as duas modalidades se completam, pois proporcionam diferentes experiências na forma de aprendizado.
É importante lembrar que, ao usar o ensino híbrido, é necessário que tanto no aprendizado presencial quanto no digital, o objetivo seja o mesmo. Sendo cada um deles uma parte do processo de aprendizagem, de modo com que seja complemento um do outro.
No Brasil, o ensino de cursos híbrido é muito utilizado no ensino superior com matérias lecionadas através do EAD, também conhecido como educação a distância.
A educação inclusiva, que leva em consideração a diversidade humana e as necessidades e o ritmo de cada um, reestruturou o modelo tradicional e promoveu acessibilidade e praticidade para todos, utilizando o EAD híbrido como uma de suas ferramentas.
Como aplicar o ensino híbrido?
Existem várias formas de implementar o modelo híbrido de aprendizagem, porém, o primeiro passo é traçar um plano estratégico de infraestrutura educacional, definir orientação pedagógica, definir formação de professores, estabelecer cronograma de aulas, modos de avaliação e muitos outros pontos, pois trata-se de um sistema integrado.
De forma geral, é preciso reestruturar todo o conteúdo de forma coesa e linear. Em seguida, é preciso avaliar o tipo de tecnologia necessária para complementar as aulas presenciais.
Após escolher a plataforma digital mais adequada, é preciso delinear um novo plano de estudos, devidamente ajustado aos propósitos do curso híbrido e ao tipo de tecnologia utilizada.
Além disso, é fundamental que haja uma audiência interessada neste tipo de interação, uma vez que se trata de um sistema de aprendizado personalizado, baseado em dados e necessidades reais. O equilíbrio entre aulas online e presenciais possibilita uma experiência completa para todos os participantes.
Veja também: o blended learning na sua empresa: como fazer treinamentos incríveis.
Modelos de ensino híbrido
Dentro desta modalidade híbrida de aprendizado existem duas subcategorias: os modelos sustentados e os modelos disruptivos.
- Os sustentados detêm características do ensino tradicional, sendo mais facilmente adaptado ao modelo de ensino que temos hoje.
- Já o disruptivo, por romper com o modelo educacional tradicional, não é tão utilizado por exigir maiores esforços para se adaptar com nossa realidade, fazendo com que somente os modelos sustentados sejam usados no Brasil.
Veja os modelos:
2- Rotação por Estações
É dividido em estações de trabalho, portanto, cada estação tem um objetivo específico. Mas cada um deles está ligado ao objetivo central da aula.
Cada aluno ou grupo de alunos passam por diferentes estações. Depois de um determinado tempo (geralmente pré-estabelecido) eles trocam de estação, de modo que todos os alunos passem por todas as estações. As estações são independentes uma das outras, promovendo a conclusão de objetivos separados, para que no final se completem.
As estações são independentes uma das outras, promovendo a conclusão de objetivos separados, para que no final se completem. Por ser um modelo de ensino híbrido, algumas das estações são feitas de forma online para que eles possam ter mais autonomia..
3- Laboratório rotacional
Esta modalidade divide a forma de aprendizado em duas. Por exemplo, em uma aula de física o professor divide a classe em dois grupos: um deles vai para a quadra de esportes, para atividade prática, enquanto os outros vão para o laboratório de informática para aprender a teoria.
Cada grupo fica um tempo determinado em cada módulo, após determinado período eles trocam, fazendo com que os dois grupos passem pelos mesmos módulos e possam aprender de formas diferentes um mesmo tema.
3- Rotação individual
Sua base é muito parecida com o modelo de rotação por estações, contudo nesta modalidade cada aluno tem seu roteiro personalizado e não mais um grupo.
A principal diferença entre a rotação individual e a por estações é que no individual o aluno não é obrigado a passar por todas as estações. Na rotação ele passa por aquelas que fazem sentido ao nível de aprendizado dele.
4- Sala de aula invertida
Nesta modalidade híbrida de aprendizagem o aluno estuda o conteúdo antes da aula, de forma com que se prepare para as atividades posteriores. Dessa forma, o aluno traz uma bagagem de conhecimento para a aula e compartilha para o restante da turma.
Quais são os benefícios do ensino híbrido?
Todos os modelos do ensino híbrido visam dar oportunidade de aprendizado para o aluno de acordo com suas possibilidades, fazendo com que ele tenha mais autonomia e liberdade no momento de consumir o conteúdo. Portanto, cada aluno se torna um membro ativo em sala, trazendo conhecimentos diversos e colaborando com o aprendizado do outro.
Com essa forma de aprendizagem fica mais claro para o professor quais são as facilidades e dificuldades de cada aluno. Assim, é possível personalizar o ensino, propondo atividades de acordo com a necessidade de cada um.
O ensino híbrido no mundo corporativo
Além de ser um grande aliado ao currículo escolar, o ensino híbrido é amplamente aplicado em empresas, independente do porte ou da área de atuação. A flexibilidade desta modalidade híbrida de aprendizagem é uma das maiores vantagens para aperfeiçoamento profissional, promovendo treinamentos corporativos interativos e dinâmicos.
A aplicação do ensino híbrido no mundo corporativo traz uma série de benefícios para todos os interessados: maximiza recursos, promove engajamento, reduz custos e impacta de forma positiva a produtividade.
“Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação”
O livro “Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação” é fruto de pesquisas realizadas por 16 professores de escolas públicas e privadas, participantes do Grupo de Experimentações em Ensino Híbrido, desenvolvido pelo Instituto Península e pela Fundação Lemann.
A obra discute modelos pedagógicos inovadores e ajustados às necessidades de cada aluno. Além disso, o livro conta com as principais possibilidades de integração de tecnologias digitais ao currículo escolar, com a finalidade de promover um aprendizado interativo, eficiente e dinâmico.
O resultado de reflexões foi organizado por Lilian Bacich (Mestre em Educação pela PUC-SP e Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano na USP), Adolfo Tanzi Neto (Mestre em Linguística Aplicada pela UNICAMP e Doutor em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC-SP) e Fernando de Mello Trevisani (Mestre em Tecnologias e Educação Matemática pela UNESP e Pós-graduado em Educação Inovadora).
O ensino tradicional tornou-se obsoleto com o avanço da tecnologia e a transformação digital. Atualmente muitos alunos possuem uma bagagem cultural muito ampla e diversificada, fazendo com que a forma de aprendizagem se torne mais difusa, ou seja, não existe uma única forma de aprender.
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